Segundo Moraes, recentes pesquisas demonstram que investir em educação feminina acelera o crescimento econômico dos países, melhora a renda per capita e aumenta a produtividade. “Para se ter uma idéia, este investimento na educação das mulheres tem o potencial de elevar o Produto Interno Bruto (PIB), em 0,2% ao ano, em países como o Brasil, Rússia, Índia e China”, afirmou.

Por outro lado, apesar da mulher brasileira já ter a consciência de que recebe um salário menor que o homem, mesmo exercendo as mesmas funções, nos últimos dois anos esta diferença aumentou: em 2005 as mulheres ganhavam em média 10% menos que os homens na mesma função. No ano passado, esse percentual aumentou para 19% (Pesquisa Catho).

O parlamentar credita este desequilíbrio aos preconceitos ainda existentes no mundo empresarial, dominado por homens, que acreditam que o sexo masculino deve ter privilégios e mais poder, numa continuidade do jogo de subjugação que acontece há séculos. “Os empresários esquecem que a igualdade entre os sexos é essencial para o desenvolvimento econômico de longo prazo, que pode chegar a uma alta adicional de 14% da renda per capita até 2020 e em 20% até 2030 (conforme relatório do banco Goldman Sachs)”, disse Moraes, que espera que nos próximos anos a igualdade entre sexos no Brasil, possa ser mais evidente e real.