Para Moraes, é inadmissível que ainda exista esta caixa preta onde os dados necessários para implantação de políticas públicas, que visam a queda dos índices de violência em nossa capital e no Estado do Paraná, fiquem guardados e inacessíveis aos meios de comunicação, a população em geral e até para os legisladores que ficam de mãos atadas para quaisquer soluções.

É bom lembrar que Bogotá, uma das cidades mais violentas do mundo, conseguiu uma queda de 70% nos assassinatos comuns, modificando a maneira do Estado de se comunicar com a sociedade. ”O prefeito passou a dar mais transparência nas informações sobre os índices de violência, em conjunto com outras atividades integradas, entre elas o desarmamento e a lei seca”, afirmou Moraes, que acredita que a transparência dos dados leva a uma comunicação abrangente e solidária entre os cidadãos.

Outro ponto bastante importante, na opinião do deputado, é a reestruturação na qualificação dos policiais: estes agentes precisam estar mais integrados à população e sua educação deve ser feita através de psicólogos, sociólogos e outros profissionais, para que o treinamento não seja voltado apenas para a repressão. “O policial precisa sofrer uma transformação como cidadão, livre de preconceitos contra as minorias e os mais pobres”, afirmou.

A transparência dos dados sobre segurança pública é essencial para o início de uma cruzada contra a violência que igualou Curitiba ao Rio de Janeiro, em índice de assassinatos e ultrapassou São Paulo. “Tenho certeza que mais de 28 deputados dirão não ao veto governamental para que possamos democratizar e dar transparência aos dados da violência em nosso Estado, evitando omissão e manipulação dos dados”, finalizou o presidente da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa.