Os R$324,7 milhões que serão repassados para partidos políticos através do Fundo Partidário poderiam ser utilizados na saúde, educação, transporte, segurança pública, entre outros serviços públicos que deixam de chegar a uma grande porcentagem da população brasileira. “Esses recursos nem ao menos chegam até os diretórios do interior”, diz o deputado Mauro Moraes.

“Esses recursos são utilizados exclusivamente por caciques políticos e pela direção partidária de partidos nas capitais, que possuem muitas outras formas de arrecadação durante a campanha eleitoral”, dispara o deputado.

Para a campanha deste ano, o governo federal vai repassar mais R$ 100 milhões além do previsto. Os recursos extras para turbinar candidaturas em todo o país foram garantidos por parlamentares em uma articulação no Congresso, durante a tramitação do Orçamento de 2012, no fim do ano passado.

O incremento garantiu a previsão de R$ 16,6 milhões a mais para o PT, que deve receber neste ano eleitoral R$ 53,9 milhões. O PMDB, com a segunda maior fatia do Fundo Partidário, deve receber R$ 41,6 milhões. Somados, os dois maiores partidos da base governista têm cerca de 30% dos recursos do Fundo Partidário. Já as duas maiores legendas da oposição, juntas, têm 20% do fundo. O PSDB receberá R$ 37,7 milhões e o DEM, R$ 24 milhões.