Segundo o presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes, a falta de uma politica federal de combate ao contrabando e tráfico de drogas nas fronteiras do Paraná colocou o estado no topo do ranking da violência. “O Paraná é responsável hoje por 80% das drogas, armas e munições que circulam pelo país. Evitar a entrada é uma medida essencial para o combate da violência no Paraná”, diz Moraes.

Para Moraes, é evidente a parcela de culpa do governo federal no caos em que se transformou a segurança no Paraná. “O combate ao tráfico de drogas é uma obrigação não só do governo estadual, mas também da União, que tem condições de enviar tropas do exército e garantir a atuação permanente da Polícia Federal”, comenta.

Após uma série de reivindicações feitas pelo parlamentar através da Comissão de Segurança Pública, o governo federal enviou tropas do Exército para a região da tríplice fronteira. O governo estadual também contribuiu com a ampliação do Batalhão da Fronteira, que irá recebeu mais 500 homens. “Apesar de tudo isso, a atenção deve ser permanente em nossas fronteiras, com a compra de scanners invasivos e patrulhamento ostensivo”, cobra. Outra ação esquecida pelo governo federal diz respeito ao programa nacional de enfrentamento ao crack. Segundo o parlamentar, o Paraná deveria ser o primeiro estado a receber recursos federais para iniciar o programa. “Enquanto os estados de São Paulo e Rio de Janeiro combatem os usuários de drogas, o Paraná pode contribuir com a redução do número de viciados ao fechar suas fronteiras”, sugere.