Como o secretario solicitou apenas a presença dos deputados, por questões que envolvem sigilo e podem comprometer as investigações em andamento, o presidente da comissão vai dividir a reunião em duas partes. A primeira apenas com os parlamentares, a pedido da Secretaria, e na segunda parte a imprensa poderá participar. ”Como sabemos que os veículos de comunicação vão reagir negativamente à restrição, mas entendemos que a pasta precisa desenvolver certa cautela quanto às questões ligadas a investigação e planejamento, que deverão ser restritas aos parlamentares, resolvemos dividir em duas partes de maneira que a imprensa possa ter acesso às informações”, contemporizou.

Preparação

Na segunda-feira, 14, dois dias antes da reunião com o secretário, o deputado Mauro Moraes já marcou um encontro com os membros da Comissão de Segurança, para que possam ser organizadas as perguntas que deverão ser formuladas a Delazari.

Para o parlamentar, a audiência com o secretário é primordial, uma vez que a violência ocupa as primeiras páginas, diariamente, e os legisladores, como legítimos representantes da população, precisam de informações concretas e diretas sobre a evolução da criminalidade no Estado. “Não podemos combater o desconhecido, pois não conhecemos os índices e os poucos que são divulgados pela Secretaria de Segurança, divergem daqueles apresentados pelos Ministérios da Saúde e da Justiça e também dos anunciados pela imprensa”, afirmou.

Para Moraes esta audiência é apenas o início da cruzada que a Assembléia Legislativa pretende fazer contra a escalada da violência no Paraná, que vai envolver todos os legislativos do Estado e a população.