Para Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, presidente da ADPF, a ação visa mostrar os problemas enfrentados pelo órgão à população. "Estamos lutando contra o sucateamento desta instituição que presta serviços tão importantes para a sociedade, já que combatemos o crime organizado e a corrupção. A população reconhece o nosso trabalho, mas o governo não. Já apresentamos todas essas propostas e o governo ainda não negociou nada", disse.
Segundo Marcos Ribeiro, muitos policiais federais estão deixando a carreira e migrando para outros órgãos com melhor remuneração. "O policial federal hoje está perdendo para outras categorias. A média [salarial] de um agente é R$ 7 mil por mês, de um delegado é R$ 13 mil, enquanto policiais civis do Paraná, por exemplo, recebem R$ 21 mil desde o dia 1º de maio. É injusto. Os governos estaduais negociam e remuneram melhor os policiais que o governo federal", contou.
O governo do Paraná reajustou a tabela salarial da Polícia Civil, que varia de R$ 4 mil a R$ 21 mil, dependendo do posto na corporação e o tempo de serviço.
O presidente da APCF, Hélio Buchmuller, disse que a PF pode entrar em greve, caso o governo não apresente propostas. “Greve é ruim para todos, mas é nosso último recurso. Se nada for negociado, esse recurso pode ser utilizado”, salientou.
O Ministério do Planejamento informou que a pauta de reivindicações dos sindicatos ligados aos policiais federais está em análise. A expectativa, segundo o órgão, é dar uma resposta até o dia 31 de julho aos mais de 50 sindicatos envolvidos na negociação.
Fonte: Jornal Agora