Informativo Semanal

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03/09/2007

Em 20 anos o Brasil triplicou o número de homicídios, diz Moraes

No entanto, para o especialista em segurança pública e presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, a informação está equivocada uma vez que a pesquisa em questão apresenta apenas o número bruto de armas e não o percentual por 100 habitantes que seria o estatisticamente correto.

Para Moraes, a polêmica sobre o desarmamento continua, uma vez que a entrega voluntária de quase 500 mil armas, não ocasionou redução dos homicídios, como provam os dados apresentados pelo Ministério da Justiça. “Parece que a Lei 10.826/03, que criou o Estatuto do Desarmamento não contribuiu para diminuir com o índice de criminalidade”.

O parlamentar considera bastante proveitoso este debate e a comparação de opiniões divergentes sobre o desarmamento. “Uma parte significativa da população acredita que com uma arma poderá se defender de assaltos e roubos, e até da morte, enquanto outros acreditam que a violência só gera violência e acreditam que um País sem armas teria mais paz e segurança”, comenta.

Moraes destaca outro ponto que considera importante para a reflexão, que foi divulgado pelo Small Arms Survey e analisado pelo Movimento Viva Brasil: os Estados Unidos têm dez vezes mais armas que o Brasil e um terço dos homicídios ocorridos aqui, e a Suíça, que tem metade da população armada, não chega a ter um único homicídio por ano. “Este índice, aliás, é espantoso, uma vez que pequenos municípios no Brasil têm ocorrências de homicídio, em índices até bem elevados”, afirmou.

Na opinião de Moraes, as discussões sobre o assunto devem ser estimuladas e o Brasil, e principalmente o Estado do Paraná, precisa de dados transparentes sobre a criminalidade para que as autoridades possam encarar o pesadelo da violência urbana. “O certo”, finalizou Moraes, “é que as pesquisas nacionais e internacionais não mostram uma relação direta entre o número de armas por habitantes e criminalidade. E o óbvio é que o Brasil precisa desarmar os bandidos que continuam aterrorizando as pessoas de bem”.