Mauro recebeu do presidente da Casa, deputado Nelson Justus, a confirmação de que a matéria será posta em discussão já na próxima semana, tendo em vista a inclusão nesta semana de itens polêmicos na pauta, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Água, a qual prevê que os serviços referentes ao saneamento e tratamento da água sejam feitos apenas pela Sanepar. O segundo item, que também deve consumir boa parte dos discursos em tribuna, trata do veto do governador Roberto Requião (PMDB) a um projeto que reduz os impostos para o setor têxtil. “São discussões longas e que atrapalhariam a votação do projeto das eleições diretas para o Colégio Estadual do Paraná”, justificou Mauro o adiamento da discussão.
O parlamentar vinha cobrando da Mesa Diretora da AL a inclusão imediata da proposta na Pauta da Ordem do Dia, tendo em vista a reação negativa de alunos, pais, professores e funcionários da instituição ao método de escolha até então vigente no CEP. Se aprovado, o projeto vai permitir que toda a comunidade do Colégio Estadual – composta por mais de 15 mil pessoas, incluindo a família de alunos, professores e demais servidores - escolha, através do voto direto, os membros da direção da escola, hoje decidida através da indicação política de integrantes do governo estadual. “São mais de 5 mil alunos e 800 professores que hoje são impedidos de exercer o direito de escolha’, pontuou Mauro.
Livre escolha
A matéria pede a extinção de uma resolução assinada pelo próprio governador Roberto Requião, a qual estabelece regime diferenciado para o Colégio Estadual do Paraná. A medida torna o CEP a única instituição de ensino do Estado que tem sua direção composta através de indicação política, excluindo alunos e funcionários da discussão em torno da condução do colégio. “O diretor eleito através do voto representa a legitimidade da comunidade em exercer o direto da escolha”, comentou Mauro Moraes.