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17/06/2008

Moraes pede urgência da Justiça para desafogar cadeias em Curitiba e RM

Na opinião de Moraes, os presos ficam muito revoltados e acabam cometendo delitos seguidos, uma maneira de se vingar dos maus tratos e da negligência de autoridades e da sociedade com a questão. Moraes lembrou que a maioria permanece nas cadeias ilegalmente uma vez que já foram julgados e devem seguir para as penitenciárias. “Da mesma forma, muitos esperam julgamento e são inocentes, configurando dupla ilegalidade”, criticou.

O presidente da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa elogiou a atitude da Justiça, que interditou a cadeia em Palotina, interior do Paraná, quando a lotação chegou a 62 presos, cujo espaço permitia apenas 16 homens. Moraes afirmou que as promessas de construção de Centros de Detenção devem ser agilizadas e apresentou dados que mostram que hoje existem 11 mil detentos nas delegacias e destes mais de três mil já foram julgados e continuam nas cadeias.

Conforme afirmou o parlamentar o Centro de Detenção a ser inaugurado na Região Metropolitana terá vaga para 2.773 presos, mas ainda assim será insuficiente para que as delegacias abriguem um número razoável de detentos. Moraes reafirmou que estes cubículos cheios de infratores podem se tornar locais prontos a explodir numa revolta, o que seria danoso para todos, principalmente para a sociedade.”As prisões, de maneira geral, deveriam ser uma forma de reeducar os presos, mas o tratamento que está sendo dado a estes indivíduos vai gerar novos crimes e mais violência”, criticou.