Segundo o parlamentar, o prefeito já abre mão mensalmente de 22% do seu salário (cerca de R$5 mil) aos cofres do município, “por isso deve avaliar a possibilidade de devolver a matéria ao legislativo para que a Casa seja responsável pela promulgação do projeto”, comentou Beto Moraes. “O prefeito tem consciência do quanto é delicado aprovar um aumento generoso para quem ganha bem, enquanto o quadro de servidores municipais tem aumento de apenas 6%”, completou.
Embora membro da bancada do PSDB e da base de apoio do governo municipal, Beto Moraes foi o único parlamentar a votar contra o projeto original e também contra todas as emendas apresentadas, incluindo as que previam índices menores, como foi o caso da proposta apresentada pelo PT. A bancada petista sugeriu reajuste médio de 25,06% para todos os cargos. “Nem mesmo a aprovação de uma emenda que propõe aumento de 25,06% pode corrigir uma proposta abusiva”, comentou. O projeto estabelece índices de reajuste que variam entre 25% para o prefeito e 48% para o vice, valores acima das perdas acumuladas ao logo de quatro anos. O aumento passa a valer para a próxima legislatura.