O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes, recebeu em seu gabinete, na última quarta-feira, dezenas de candidatos ao ingresso na PM/BM que foram considerados inaptos pela avaliação psicológica.

O parlamentar ouviu vários argumentos e teve acesso aos documentos que levantam suspeitas quanto aos erros cometidos pelos avaliadores contratados pela FAFIPA. “São vários os erros aparentemente cometidos pela empresa que conduziu a avaliação. O mais grosseiro é a correção computadorizada dos testes”, critica.

Segundo Moraes, uma lista de falhas apontadas pelos candidatos será apresentada ao Comando no início da próxima semana. O parlamentar levará com ele uma avaliadora profissional e com registro no Conselho Estadual de Psicologia.

“Não dá para acreditar que realmente 40% dos candidatos que passaram em uma seleção que possuía mais de 130 mil concorrentes estão inaptos”, questiona.

Moraes enumera os pontos mais obscuros da avaliação. Segundo ele, o mais absurdo é o desconhecimento dos avaliadores quanto ao que é previsto no Edital. O documento considera apto o candidato que atingir 50% de aprovação no teste. No entanto, percentagem menor que isso resultou em inaptidão.

Outro ponto ainda inexplicável é que os testes exigidos pela Polícia Federal para avaliar quem está apto a manusear armas de fogo foram solenemente ignorados. Além disso, na entrevista devolutiva aparece a assinatura de um avaliador que não é credenciado pela Polícia Federal. “O Comando irá ponderar todas essas coisas e avaliar o que poderá ser feito para corrigir essa injustiça”, afirma Moraes.