O deputado Mauro Moraes abriu a audiência falando dos objetivos da retomada do Movimento Curitiba Sem Violência, uma das razões da reunião, que pretende realizar 10 sessões em regiões consideradas mais violentas de Curitiba, com o intuito de conhecer as maiores queixas destas comunidades. Segundo o parlamentar, estas informações da população serão levadas em relatório ao governador e ao prefeito de Curitiba para que os problemas sejam resolvidos.
“Vamos promover a maior cruzada contra o crime em Curitiba, cidade que já foi referência mundial, hoje corre o risco de se tornar tão violenta como Rio de Janeiro e São Paulo. Não podemos permitir que isto aconteça”, garantiu. O deputado afirmou que solicitação será enviada ao governo federal através da Comissão de Segurança, solicitando urgentes medidas de fiscalização em nossas fronteiras, por onde passa o maior número de drogas e armas contrabandeadas (80%), distribuídas para todo o Brasil. Disse ainda, da necessidade de disponibilizar os guardas municipais para fiscalizarem os sinaleiros da cidade (nos pontos mais críticos), evitando os freqüentes assaltos aos carros parados. Terminou sua fala dizendo que há necessidade de um investimento de mais 40 milhões na área de Segurança Pública, para que as reivindicações possam ser atendidas.
As maiores queixas
As perguntas às autoridades feitas pela platéia podem ser resumidas em algumas queixas principais: drogas, falta de atendimento das policias na periferia quando chamadas, falta de policiais, excessos cometidos nas abordagens policiais. A população presente afirmou que a maior causa de violência em Curitiba é a droga, assegurando que as crianças e adolescentes precisam de lugares onde ficar, quando os pais saem para trabalhar, evitando o contato com os traficantes que oferecem dinheiro aos jovens. Muitas críticas também à Patrulha Escolar, que alegam possuir poucas viaturas que não atendem a todas as escolas. Moraes disse que temos cerca de 750 mil dependentes de drogas e as estimativas afirmam que em 2010 teremos em nosso Estado, 1 milhão de dependentes de drogas.
Os presentes apresentaram soluções para minimizar a violência desde a elaboração de projeto que exija identificação digital nos estádios até a volta do Projeto Piá, e da dupla de guardas que permanecem nos bairros diuturnamente. Ainda segundo os presentes, Curitiba não é geograficamente vantajosa para esconder os traficantes como os morros cariocas, por exemplo, ou as grandes favelas paulistas e acreditam que a situação das drogas na cidade não acaba por incompetência da polícia.
O tenente coronel Aurélio Chaves do Comando da Capital afirmou, ao final da audiência, que a polícia precisa da ajuda da população para diminuir a violência. Informou da necessidade dos cidadãos se dirigirem às Consegs para fazer suas queixas, que se utilizem do disque denúncia (181) para casos de droga e que ajudem a polícia no que for possível.
Moraes encerrou a sessão dizendo que a reunião foi útil principalmente pelo debate e reivindicações e que atenderá aos pedidos de mais segurança através de ofícios às autoridades competentes. “Não aviltarei os meus eleitores, vou cobrar cada pedido feito aqui das autoridades competentes”, finalizou.
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SUMAN GAERTNER
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