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15/01/2014

‘Sistema prisional deve ser visto como prioridade para a segurança’, defende Moraes

Delegacias superlotadas e lentidão no processo de transferências de detentos para as penitenciárias prejudicam o desempenho do programa Paraná Seguro. A constatação é da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Mauro Moraes.

Durante o ano de 2013, a Comissão se deslocou para várias regiões do Estado para verificar a situação de delegacias e a estrutura oferecida para as policias civil e militar no combate ao crime. “Está muito evidente a necessidade de ampliação do quadro pessoal e a transferência imediata de detentos mantidos em delegacias para os presídios. Mas o problema só terá uma solução quando houver reposição de policiais e ampliação do quadro de agentes penitenciários”, defende o parlamentar.

Atualmente, o Estado possui uma extensa lista de aprovados para a função de investigador de polícia civil e de agente penitenciário. No entanto, a inclusão dos profissionais nas duas categorias vem ocorrendo muito lentamente. Muitos investigadores acabam desempenhando o papel que cabe hoje a um agente penitenciário. “O resultado é absolutamente prejudicial para o Estado por dois motivos. O primeiro deles é que, com a superlotação em delegacias, os marginais que são pegos em flagrantes pela polícia militar voltam para a rua. O segundo aspecto negativo é que o policial civil, quando obrigado a cuidar do preso que fica na delegacia, é obrigado a abrir mão de suas legítimas atribuições, necessárias para combater o crime.