A Escola Superior da Polícia Civil (ESPC) retomou nesta semana suas atividades, atendendo aos 225 alunos matriculados nos cursos de formação para investigadores, escrivães e papiloscopistas. Os cursos encerram-se em maio. Os cursos aliam teoria (60%) à prática e as aulas são ministradas, na sua maioria, por policiais, mas também conta com professores convidados. Além da formação, a escola oferta cursos de aprimoramento em inteligência e iniciação a explosivos. Neste ano, um dos destaques são os cursos preparatórios para Copa do Mundo, que terão em seus módulos temáticos escolta e proteção de autoridades, inteligência básica e avançada, combate ao tráfico de pessoas, entre outros.

De acordo com o diretor da ESPC, delegado Luís Fernando Artigas Junior, a formação inclui competências que irão auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos cotidianos de cada policial, em suas carreiras específicas. Entre as aulas práticas estão uso legal de arma de fogo; ação policial; saúde física e acompanhamento velado. Já na parte teórica é ressaltada a boa preparação acadêmica, de suma importância no sistema de investigação criminal.

Além dos cursos básicos de formação, Artigas Junior conta que a tem também a proposta de investir na formação continuada e atualização. Por sua vez, o terceiro eixo é integrado por cursos de extensão e pós-graduação para delegados. “Para os cursos de atualização e capacitação, a demanda de alunos na ESPC é gerada pela contratação de servidores, ou seja, é obrigatória. Já nos cursos de pós-graduação, a demanda é voluntária e parte do interesse em seguir carreira”.

Artigas ressalta a importância da escola no aperfeiçoamento profissional de cada policial e na excelência de suas atividades cotidianas. “O servidor tem que estar preparado para cumprir sua atividade investigativa ou policial da melhor forma, por isso é necessário que eles venham para a ESPC e aprendam habilidades novas ou reforcem as que já possuem”.

COPA DO MUNDO – Os cursos voltados para a capacitação dos profissionais durante a Copa são feitos em parceria com o governo federal e recebem alunos de outras forças policiais, como Exército, Aeronáutica, Agência de Inteligência e Polícia Militar. “Além de capacitar os alunos, a ESPC ainda fomenta a criação de uma rede de contatos formais e informais entre eles, o que facilita o trabalho na prática. E ainda serve como um espaço de intercâmbio de conhecimentos das diversas áreas e instituições, para que a população receba o melhor serviço possível”, afirma Artigas.

Segundo o delegado, o trabalho de capacitação para a Copa foi iniciado em 2011 e formará até maio 250 profissionais. “É um trabalho que está sendo feito a médio e longo prazo e não se resume a esses poucos meses que antecedem a Copa”, finaliza ele.