A integração dos bancos de dados entre os órgãos de identificação do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul vai permitir que o cidadão que mude de residência entre esses estados possa manter o número original do RG.

A elaboração de um projeto-piloto para emissão integrada de carteiras de identidade entre esses quatro estados foi o ponto central da reunião de trabalho do Projeto Biosul, discutido na última quinta (10) e sexta-feira (11), na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação (Celepar). O processo também garante mais segurança nas informações.

Da mesma forma, as informações de caráter criminal estarão interligadas, contribuindo para inibir ações criminosas praticadas por pessoas que têm um RG de outro estado do Codesul. “É mais uma ferramenta para utilizar a tecnologia de informação no combate ao crime. Esse sistema inaugura uma nova fase no Brasil, pelo qual é possível compartilhar a identificação com os estados co-irmãos, coibindo também as fraudes civis”, afirma o secretário da Segurança Pública do Paraná, Leon Grupenmacher.

De acordo com o diretor do Instituto de Identificação do Paraná, Newton Tadeu Rocha, a implantação desse sistema unificado será gradativa, iniciando no fim deste mês. “Hoje, um catarinense, por exemplo, que muda-se para o Paraná, se precisar tirar uma segunda via do documento de identidade, ele precisa voltar a Santa Catarina. Nós estamos oferecendo esse serviço para que ele aqui no Paraná possa fazer uma segunda via, mantendo o número lá de Santa Catarina. Da mesma forma o paranaense que tenha se mudado para o Rio Grande do Sul”, exemplifica ele.

O diretor do Instituto de Identificação do Paraná destacou que essa é mais uma parceria pioneira do Paraná, que já desenvolve um trabalho em conjunto com órgãos como a Secretaria de Justiça, principalmente em relação ao controle de presos, e com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR).

Já o presidente da Celepar, Jacson Carvalho Leite, destaca que esse projeto piloto também permitirá um salto de qualidade no serviço público prestado. “No momento em que nós tivermos a identidade única, nós começamos a personalizar o atendimento a cada cidadão do Paraná e isso traz uma melhor qualidade de vida e uma melhor prestação de serviço do poder público, para a nossa comunidade en a interação com os outros estados”, diz.

Essa iniciativa é uma antecipação ao projeto do governo federal de implantação do Registro de Identidade Civil (RIC), que serviria para integrar os sistemas de todos os estados do País, para que os cidadãos tenham um número único de identificação, além de agregar diversas informações em um documento.

Participaram também do evento a secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes; o chefe de Gabinete da Secretaria da Segurança Pública, Walter Gonçalves; o delegado-geral da Polícia Civil, Riad Braga Farhat; a desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná Lidia Matiko Maejima, cujo trabalho de pesquisa deu início ao projeto RIC; e os diretores dos Institutos de Identificação de Santa Catarina, José Augusto Koerich; do Rio Grande do Sul, Carlos Eduardo Falcão Pereira; do Mato Grosso do Sul, Rubens Cycles Pereira. Estiveram presentes também Claudio Crosseti Dutra, vice-presidente da Companhia de processamento de dados do Rio Grande do Sul, o líder do projeto Sistema Integrado de Segurança Pública Atanásio Antunes Vieira, o analista do sistema da Valid, Rafael Nunes.


Fonte: Imprensa PC