13/05/2014
Quem respeita a polícia desarmada?
As discussões recentes a respeito da hipótese de desmilitarização da Polícia Militar nos traz uma reflexão muito oportuna. Ao levarmos em consideração que, anualmente, o número de jovens recrutados pelo tráfico engrossa as estatísticas do crime, só podemos considerar que a desmilitarização das forças que podem desarmar os “recrutadores” seria, no mínimo, incoerente. A população estaria vulnerável, exposta a todos os riscos e práticas planejadas por uma rede organizada, a qual cresce numa velocidade muito acima das leis.
Não podemos entregar a população à sorte. Como presidente da Comissão de Segurança, sou cobrado por cidadãos que percebem a necessidade de ampliação do efetivo da Polícia Militar, com seu armamento, viaturas e disciplina. Em qualquer assalto ou situação de risco, qualquer um de nós clamará pela polícia militar. É automático. Isso porque a imagem ostensiva afasta quem está mal intencionado e restabelece a ordem em conflitos. Como desmilitarizá-la sem incorrer no risco de facilitar a vida dos criminosos? A quem interessa torná-la inoperante? A quem interessa torná-la inofensiva?
Através de minhas andanças pelo Estado, em Batalhões, Companhias e demais unidades da Polícia Militar, vejo o respeito que nossos policiais têm pela farda. Estão preocupados com seus equipamentos, cuidam de seus acessórios com orgulho e estão dispostos, sempre, a treinamentos e qualificações. Por isso tenho sempre cobrado do governo maior atenção, com a aquisição de armamento moderno e oportunidade de promoção. Nossa PM está preparada e quer se preparar ainda mais para combater o crime, uma tarefa impossível de ser executada sem armamento sequer para a autodefesa. Por isso, só posso considerar a desmilitarização da Polícia Militar um devaneio e um risco incalculável para a ordem e a paz!