O número de roubos e explosões a caixas eletrônicos teve queda expressiva no Paraná, em abril. Foram nove ocorrências, o que representa uma redução de 64% em comparação com o mês de janeiro, quando foram registradas 25 explosões - o maior número do ano. Em fevereiro foram 24 casos e em março, 13. As informações são da Agência de Inteligência da Polícia Civil.
A redução gradativa nas primeiros meses deste ano reverte uma tendência de diversas explosões em um mesmo dia, como vinha sendo verificado durante 2014, quando ocorreram 204 explosões de caixas eletrônicos no Paraná. Se contabilizadas as ocorrências referentes a outros meios empregados para cometer o ato criminoso, como maçaricos, o número chega a 593 no ano passado.
PRIORIDADE - A partir do quadro registrado no ano passado, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária formou uma força-tarefa, coordenada pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), para tratar o assunto como prioridade. Com integrantes das polícias Civil, Militar e Federal, a força-tarefa atua especificamente na investigação e prisão de suspeitos de participação em crimes cometidos contra caixas eletrônicos.
Além disso, os grupos especiais das polícias, como o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, tiveram as escalas de trabalho alteradas, para reforçar o patrulhamento nos horários da noite e da madrugada, conforme orientado pela análise criminal. O efetivo do Diep foi triplicado.
“Os resultados apareceram, como podemos perceber pelos números”, afirma o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita. “Somente em uma ação, no Litoral do Estado, sem a necessidade de nenhum disparo de arma de fogo, nossas equipes policiais prenderam oito participantes em explosões a caixas eletrônicos”, cita ele. Essa operação policial foi desencadeada no mês de março, quando foram apreendidos fuzis, pistolas, espingarda calibre 12, centenas de munição, emulsão para explosivos, carregador de fuzil, coletes balísticos, grande quantidade de dinheiro e explosivos, no município de Matinhos.
“Vamos continuar atuando intensamente no combate a essa modalidade de crimes”, reforça o secretário. De acordo com ele, também é necessária a contrapartida da iniciativa privada, com INVESTIMENTOS em mecanismos de segurança mais eficazes por parte das agências bancárias.
QG DA DINAMITE – Em outra ação, no início de maio, a polícia estourou um local que era considerado o “QG da gangue de dinamites”, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Cinco pessoas foram presas, suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em roubo de caixas eletrônicos.
Com elas, os policiais apreenderam um fuzil 556, uma metralhadora, três pistolas, oito coletes balísticos, aproximadamente 45 quilos de emulsão explosiva (com capacidade para explodir até 125 caixas eletrônicos), dois rolos de cordéis, além de três carros, sendo um importado. Dos cinco presos, três estavam foragidos.
Fonte: Aenotícias