A última audiência pública feita pela Assembléia foi em novembro, na Vila Fanny, em Curitiba. Moradores e comerciantes locais discutiram propostas e ações que podem ser tomadas pelas autoridades para reduzir o número de ocorrências policiais na região. Entre as medidas necessárias para coibir a ação de bandidos estão a retomada dos módulos policiais e ampliação do efetivo da Policia Militar.
Segundo o presidente da comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, deputado Mauro Moraes (PMDB), os dados divulgados recentemente mantém a população em alerta. De acordo com o parlamentar, não houve qualquer diminuição no número de crimes praticados em todo o território paranaense, o que, na sua avaliação, pode ser observado através de reportagens jornalísticas. “A imprensa tem se encarregado de divulgar os tristes números da violência”, comentou Moraes. O presidente da comissão fez apelo para que a imprensa acompanhe as audiências públicas e divida informações com a população sobre a criminalidade.
Mauro lembrou ainda que muito do que é debatido na comissão é fruto das discussões feitas durante as audiências públicas. Várias cidades já tiveram a oportunidade de participar das discussões: Maringá, Campo Mourão, Ponta Grossa, além da capital e cidades que compõem a região metropolitana, como Araucária, Rio Branco do Sul e Fazenda Rio Grande. “O objetivo da comissão é levar o debate ao maior número de municípios possível”, comentou. No entanto, o deputado ressaltou que a prioridade tem sido localidades em que são registrados maior número de ocorrências, como é o caso de Curitiba e RMC, responsáveis por mais de 40% dos casos de violência registrados no estado. Nos próximos encontros, a comissão irá distribuir uma cartilha com dicas de segurança para a população.
Mapa
Paralelamente ao relatório divulgado pela SESP, a Casa também pretende analisar o Mapa da Violência elaborado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla). O documento coloca o Paraná no topo da lista dos estados latinos que mais sofrem com o número de homicídios entre jovens. Conforme o estudo, em Curitiba houve aumento significativo dos casos, saltando de 530 ocorrências para 874 entre os anos de 2002 e 2006.
Omissão
Mauro voltou a cobrar da secretaria informações até então omitidas pelo geoprocessamento. O sistema de processamento de dados utilizados pelo estado não menciona uma série de delitos, como os erros cometidos por policiais, mortes ocorridas durante a ação da policia, número de armas apreendidas, número de civis mortos durante confronto com a policia e aberturas de inquéritos e sindicância contra policiais militares e civis no Paraná.
PCC
O presidente da comissão de Segurança Pública encaminhou à SESP um oficio cobrando informações a respeito da existência de uma facção criminosa no Paraná conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital), criado no Estado de São Paulo. O parlamentar quer apurar se o grupo atua ou não no estado, conforme reportagem jornalista divulgada por uma emissora local.