A situação se agravou ainda mais quando o governo ficou em R$2.480 o salário inicial dos agentes penitenciários, permitindo à categoria receber vencimentos de até R$5 mil no prazo de cinco anos para os que participam de cursos específicos. Segundo Moraes, a mesma oportunidade não é oferecida aos PMs, que permanecem por até 20 anos recebendo salário de R$2 mil.
A defasagem salarial, segundo o presidente da comissão de Segurança Pública da Casa, tem dado força a um movimento interno encabeçado por oficiais. “Essa movimentação é justa, pois a classe não recebe aumento há quase dez anos”, comentou. Contudo, o parlamentar ressalta que o momento é inoportuno para se falar em aumento de salário para os oficiais sem que o mesmo seja feito para toda a corporação.
Em 2008, o governo concedeu aumento de 10% para os professores da rede pública estadual de ensino, além dos 5% concedidos aos funcionários públicos do quadro geral. “No entanto, os PMs novamente ficaram de fora”, comentou. Na ocasião em que os servidores estaduais receberam aumento, o deputado apresentou uma emenda para garantir reajuste salarial de 19% para a categoria. A emenda foi rejeitada.
“O estado terá este ano um orçamento de 23 bilhões, sendo que mais de R$2 bi estão destinados para a área da segurança, o que viabiliza um bom reajuste para a categoria”, defendeu.
De acordo com o parlamentar, o adiamento do reajuste pode agravar ainda mais o descontentamento dentro dos quartéis. Moraes disse que a comissão de Segurança Pública irá encaminhar um oficio ao chefe do Executivo para que seja feito um estudo sobre a viabilidade de um reajuste para os policiais com urgência.