Segundo o parlamentar, o governo estuda atualmente uma proposta de reajuste salarial para alguns profissionais graduados (capitão, major, tenente-coronel e coronel), deixando de fora parte da corporação que possui os mais baixos salários, como os praças, cabos, soldados, tenentes, subtenentes, entre outros.
A proposta ainda inda não está definida, mas o Palácio das Araucárias estima impacto financeiro de 2,7% na folha de pagamento da Secretaria de Segurança Pública para conceder aumento para parte da policia militar. “O reajuste é justo. No entanto, o momento passa a ser inoportuno uma vez que o mesmo beneficio não se estende aos demais profissionais, sobretudo aos que recebem salários insignificantes, se comparado ao de outros estados”, comentou o parlamentar.
Para incluir os demais profissionais no projeto de aumento salarial que vem sendo estudado pelo governo, Mauro acredita que seria preciso fazer um pequeno comprometimento de 8,9% no orçamento destinado à Pasta. “A Assembléia Legislativa aprovou, no ano passado, um aumento de 34% no orçamento da SESP, o que representa um adicional de mais de R$160 milhões disponíveis para investimento na área. O governo pode usar parte desse recurso para garantir melhores salários para toda corporação, e não apenas para parte dela”, disse.
Mauro destaca ainda que o risco de “turbulência” dentro dos quartéis, caso apenas uma parte da corporação venha receber aumento, também tem como agravante o fato de que o salário inicial de uma agente penitenciário está fixado em R$2400, enquanto um policial recebe, no início da carreira e com todos os benefícios, pouco mais de R$1.600. “A PM está atuando no limite com baixos salários e muito trabalho de risco. Não é justo deixar de fora de um projeto de reajuste parte da corporação que mais necessidade de um aumento salarial e que é responsável pelo serviço operacional da policia”, cobrou.