31/03/2016
Moraes cobra retirada de presos das delegacias
O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes, tem acompanhado com preocupação o “lento” processo da transferência de presos que estão em delegacias para o sistema penal do Estado. O parlamentar alerta para as consequências desastrosas do desvio de função dos investigadores de Polícia Civil.
A demora em promover a remoção de presos das delegacias tem gerado uma série de problemas para a segurança pública do Paraná. Um dos pontos mais críticos, segundo o deputado, está diretamente ligado ao trabalho da polícia civil. Investigadores assumem, embora a contragosto, a função de “babá de presos”. A consequência disso, analisa Moraes, “é desastrosa para a polícia judiciária, com processos que não avançam e investigações prejudicadas”.
O parlamentar admite que a situação já foi pior. “O Paraná já teve índices ainda mais preocupantes, com aproximadamente 16 mil detentos mantidos em delegacias. Hoje esta população é de três mil. Apesar da redução, ainda há riscos para o trabalho da polícia civil”, avalia.
Penitenciárias
Um das razões para a lentidão na remoção de presos é a falta de vagas no sistema penal. Moraes tem feito frequentes apelos ao Executivo e diretor do Depen (Departamento de Execução Penal), Dr. Luiz Alberto Cartaxo Moura, para que alternativas sejam estudadas para amenizar os prejuízos causados por esta situação no cotidiano da polícia judiciária, até que uma medida concreta, como a construção de novas penitenciárias, seja tomada.