31/03/2016
SEFA vira as costas para a polícia paranaense
Quinquênios, remoções, progressões e promoções. São muitos os protocolos que tratam de direitos adquiridos pelas forças policiais que estão esquecidos na gaveta da Secretaria da Fazenda e que também acumulam uma dívida incalculável com este setor do funcionalismo público estadual.
“É uma situação lamentável e que pode comprometer o trabalho realizado pelas classes policiais no Paraná”, assevera o presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes.
Praticamente todos os protocolos que tratam de direitos adquiridos por policiais Militares e Civis estão sendo devolvidos com a negativa da Secretaria da Fazenda, que alega falta de recursos para arcar com despesas decorrentes de quinquênios, remoções, progressões e também promoções, incluindo valores atrasados.
“Policiais promovidos em janeiro de 2015, e que tiveram salário adequado em agosto, ainda têm o direito a receber a diferença dos setes meses em que não foi feito o ajuste salarial. São muitos soldados promovidos para a primeira classe que tem um saldo de R$15 a receber, um valor que será usado para liquidar as dívidas adquiridas por eles durante o período em que não seus vencimentos não foram regularizados”, explica o deputado.
Os casos mais preocupantes envolvem os policiais que estão no início da carreira, como os Soldados de primeira classe e também os Aspirantes a Oficial que, ao contrário dos Praças, sequer receberam qualquer valor referente a promoção. “Ou seja, ainda recebem como Cadetes”, relata Moraes.
O presidente da Comissão tratará deste tema pessoalmente com o governador Beto Richa. “Tenho certeza de que o governador desconhece a gravidade deste fato e logo que tomar conhecimento tenho convicção de que irá reverter a decisão da SEFA e autorizar o pagamento”, afirma.