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03/03/2009

“Brasil pode abrigar refugiados políticos, desde que não sejam assassinos”, diz Moraes

Battisti é considerado criminoso pela justiça italiana. Apesar de acusações graves contra ele, como assassinato, o governo brasileiro acolheu o exilado político. Desde então, o deputado Domenico começou sua peregrinação pelo Congresso Nacional e legislativos estaduais do Brasil para pedir a extradição de Battisti. No Paraná, o parlamentar procurou Moraes, presidente da comissão de Segurança Pública, com quem pretende fazer uma reunião. “É uma situação delicada. No entanto, é preciso lembrar que Battisti é considerado um criminoso. Acolher exilados que possuem acusações como a de assassinato não pode ser uma prática comum no Brasil”, disse Moraes.

O parlamentar paranaense lembrou ainda que o refugiado foi condenado à prisão perpétua pela morte de quatro pessoas durante a década de 70. A justiça italiana pediu a extradição do ex-ativista, mas o governo brasileiro negou o pedido e o mantém preso em Brasília.

O pedido de extradição pelo deputado italiano foi feito pessoalmente ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB). A decisão, no entanto, cabe apenas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que irá dizer se Battisti é considerado ou não refugiado político. Ainda assim, Domenico tem procurado apoio de lideranças políticas para que seja feita pressão. O presidente da Comissão de Segurança Pública considera válida a tentativa do parlamentar italiano, uma vez que a mobilização de várias classes, tanto social quanto política, possui força para alterar decisões tomadas pela justiça. “O Brasil pode sim abrigar perseguidos políticos, desde que não sejam acusados de assassinato”, comentou Moraes.