A Comissão de Segurança Pública da Assembleia legislativa irá formar, nos próximos dias, uma subcomissão para entregar ao ministro da Justiça, Tarso Genro, um pedido para que o Exército e Policia Federal dêem continuidade à “força-tarefa” na região de Guaíra. A operação, iniciada no dia 1º e finalizada neste domingo, segundo o presidente da comissão, deputado Mauro Moraes (PMDB), serviu para penas para dar uma “trégua aos traficantes e criminosos em nossas fronteiras”.
Segundo o parlamentar, o objetivo é fazer um apelo ao governo federal para que seja mantido o patrulhamento especializado na região, hoje responsável por 80% das drogas, armas e munições que entram no Brasil e que são distribuídas para outros estados. “É preciso que a operação intensiva seja constante”, cobrou Moraes. O parlamentar ressaltou ainda que a vigilância nas fronteiras é de responsabilidade da União. Segundo ele, o governo estadual já faz sua parte com a criação de uma companhia especial da Policia Militar para atuar na região de Guairá. O grupo, formado inicialmente por 60 homens, terá aparelhamento especifico para missão, incluindo um helicóptero.
Apesar da estrutura oferecida pelo governo estadual, Moraes argumenta que o governo federal também precisa fazer sua parte, mas em caráter permanente. A força-tarefa, diz, “serviu apenas como férias para o narcotráfico, que voltará a agir logo que Exercito e Policia Federal deixarem a área”.
“Vivemos no Paraná uma situação vergonha. Somos o primeiro estado em tráfico de drogas, armas e munições. Mais do que o policiamento temporário, precisamos de uma política nacional de combate ao crime na região de fronteira”, insiste.