O deputado Mauro Moraes foi comunicado nesta quinta-feira (17) do seu afastamento da presidência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa. A decisão, tomada pelo s líderes do governo e da bancada do PMDB ,foi sacramentada após as tentativas de Moraes de estabelecer melhores salários para policiais militares e civis e da realização de audiências públicas para debater a escalada assustadora da criminalidade no Paraná.
Durante as mais de 30 reuniões organizadas pelo parlamentar na capital e interior, ficou evidente a fragilidade da segurança pública no estado. Com o aumento notável da violência em todo o Paraná, a comissão, responsável pelo tema na Casa, não poupou críticas e sugestões à segurança. A posição crítica de Moraes, no entanto, lhe rendeu uma perseguição por parte do PMDB, que, sem levar a questão aos demais membros da bancada, o destituiu do cargo de presidente de uma das mais importantes comissões temáticas do legislativo paranaense. No ano passado, a mesma postura independente do deputado provocou sua substituição na comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A flagrante perseguição exercida pelo PMDB foi alvo de um discurso proferido por Moraes na sessão desta quinta-feira. O parlamentar lamentou a decisão isolada dos dois líderes, que sequer levaram a discussão sobre o afastamento do deputado da comissão aos demais membros do partido. O peemedebista afirmou que fará um segundo pronunciamento sobre o ocorrido na segunda-feira (22). “Essa vitória [sua saída da comissão de Segurança] não é uma vitória de uma instituição forte, de um partido ou de um ideal, mas sim de uma perseguição feita pelo líder do governo contra um parlamentar que discorda das informações de que tudo é tranqüilidade na área da segurança”, disse.
Moraes manterá luta da comissão através de movimentos sociais
Afastado da presidência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, o deputado Mauro Moraes afirmou que manterá sua luta contra a escalada da violência e por melhores condições de trabalho para policiais militares e civis através dos movimentos “Curitiba Sem Violência” e “Paraná Sem Violência”.
Moraes afirmou ainda que continuará defendendo aumento salarial para PMs e Civis através de Indicação Parlamentar e conversas com o governo. “Fui afastado da presidência da Comissão, mas não vou desistir dos projetos que sempre defendi, como o pagamento de salários compatíveis com o exercício da policia. Também vou continuar cobrando maior empenho do governo em reduzir a criminalidade no Paraná”, disse.