Uma pesquisa realizada pela Rede Massa de Televisão revelou o descontentamento da população curitibana com a segurança pública. Maioria dos entrevistados apontou o setor, e suas falhas, como a principal preocupação dos moradores da capital.
De 10 entrevistados, quatro destacaram a área da segurança pública como principal motivo para deixar a cidade. O local mais perigoso, segundo a pesquisa, é o centro da capital. A abordagem rendeu à área média 3.6. “Isso revela o descontentamento do curitibano com a segurança, um setor delicado e que precisa de uma política eficaz de combate à violência”, disse o deputado Mauro Moraes, recentemente destituído do cargo de presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa por criticar a falta de medidas voltadas ao combate à criminalidade em todo o Paraná, sobretudo na capital, sua base eleitoral. “O resultado da pesquisa não revelou nenhuma novidade. É evidente que a maioria da população está receosa, com medo da criminalidade que ganha espaço nas ruas”, destacou.
Durante o período que ocupou a presidência da comissão, Moraes cobrou da secretária de Segurança maior empenho em solucionar os problemas relacionados à criminalidade. Um dos pontos sempre lembrados pelo parlamentar é a necessidade de ampliação dos efetivos das policias civil e militar, o que, na sua avaliação, pode ser feito através do reaproveitamento de policiais militares aposentados. “Muitos PMs aposentados podem retomar a atividade, principalmente os que se aposentaram cedo e que ainda estão em pleno vigor físico”, defendeu.
A Assembleia Legislativa deverá analisar em breve uma mensagem que prevê o reaproveitamento de policiais militares no setor privado através de empresas de vigilância. Segundo o parlamentar, o projeto deve ser analisado com muito cuidado, uma vez que poderá causar a demissão de cerca de 6 mil profissionais que já estão no mercado. “Os policiais que pretendem voltar à ativa devem exercer atividade ligada ao trabalho já desempenhado, ou seja, dentro da própria PM”, sugeriu Moraes. De acordo com o deputado, o retorno de policiais ao exercício é uma alternativa para reduzir a defasagem do efetivo. “Faltam policiais nas ruas e no setor administrativo”, pontuou.