A falta de incentivo tem feito com que muitas escolas abram mão da criação de um grêmio para representar os estudantes e seus interesses. Um exemplo disso é a extinção do grêmio da maior comunidade escolar pública de segundo grau, o Colégio Estadual do Paraná (CEP). Com cerca de 5 mil alunos, a instituição deve encerrar o ano letivo sem a eleição dos novos representantes do grêmio.
Os alunos do CEP, que cobram a realização de eleições diretas para diretoria da instituição, alegam desinteresse da maioria dos matriculados em participar do processo de eleição do grêmio devido às ingerências praticadas pelos diretores do colégio, escolhidos através de indicação da Secretaria de Estado da Educação.
“A composição anterior do grêmio foi dissolvida por desistência dos seus integrantes, que não possuem o incentivo da instituição”, comentou Moraes, autor do projeto que institui a eleição direta para a escolha da diretoria do CEP e também da campanha de incentivo à mobilização dos alunos através dos grêmios estudantis.
Segundo o parlamentar, a organização autônoma dos estudantes é fundamental para garantir o cumprimento de obrigações básicas das instituições de ensino, como a promoção de cultura, esportes e projetos nas áreas social e cívica. “Os grêmios hoje representam o principal espaço de discussão entre alunos sobre os mais diversos temas. Os estudantes organizados se posicionam, defendendo direitos da sociedade, transformando a realidade, contribuindo ativamente na construção de um país melhor”, pontuou Moraes.