Segundo relatório do Instituto Médico Legal (IML), o mês de fevereiro bateu recorde de violência em Curitiba, considerado o mais violento desde 2008. "A maioria dos crimes está ligada ao tráfico de drogas. A epidemia do crack está acabando com a cidade. Apesar da proporção assustadora da criminalidade, não há qualquer reação por parte do governo que, ao contrário do que fazem outros estados considerados violentos, como São Paulo e Rio de Janeiro, reduz o orçamento da Segurança Pública e insiste na tese de que a ampliação dos efetivos da Policia Militar e Civil não vai resolver a situação", disparou o deputado Mauro Moraes (PSDB).
Segundo o parlamentar, lamentavelmente o ano de 2010 começou violento "e, infelizmente, sem perspectiva de mudança. A Secretaria de Segurança insiste em se omitir das suas obrigações e ultimamente deu para evitar comentários sobre os últimos episódios violentos no Paraná", lamentou o parlamentar.
Após várias tentativas frustradas, a Assembleia Legislativa aprovou, no ano passado, um requerimento de convocação do secretário de Segurança Luiz Fernando Delazari, que compareceu ao Plenário da Casa para responder questões levantadas por parlamentares. No entanto, muitos questionamentos feitos por Moraes não foram respondidos pelo chefe da Pasta, como, por exemplo, a presença no Paraná do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa oriunda do estado de São Paulo. Alguns meses após a indagação, uma rebelião ocorrida no presídio de Piraquara revelou a existência de membros da facção no estado e, sobretudo, a fragilidade da segurança no estado.