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15/04/2010

Moraes prepara recurso para provar perseguição

A presidência da Assembleia Legislativa tem dez dias após o recebimento da notificação da Corte para dar posse ao suplente. Durante este período, Moraes busca, através de medida cautelar, obter uma liminar para permanecer no cargo.
Moraes teve seu mandado cassado pelo TRE/PR nesta quarta-feira (14) após trocar o PMDB pelo PSDB. A troca de partido, no entanto, foi justificada pelo deputado como a única garantia de legenda para a reeleição em outubro. Nos bastidores do PMDB era amplamente comentada a possível negativa de legenda ao parlamentar.
A perseguição ficou mais evidente após uma série de retaliações à atuação de Moraes no Legislativo. A mais grave delas foi sua destituição da presidência da Comissão de Segurança Pública da Casa, após duras cobranças feitas pelo deputado ao ex-secretário responsável pela área no Executivo. A mesma postura crítica provocou sua substituição na Comissão de Constituição e Justiça.
Fora da Assembleia Legislativa, o parlamentar foi perseguido pelo PMDB por manifestar abertamente sua preferência pela composição com o PSDB para as eleições de outubro. “No Paraná, mesmo com o discurso da direção em torno do lançamento de uma candidatura própria, o PMDB trata nos bastidores com o PSDB a composição de uma chapa. A mesma traição ocorre na esfera nacional. Então como é que o partido pode acusar alguém de infidelidade partidária?”, questionou Moraes, que comentou ainda ter encontrando muitas lideranças peemedebistas em um almoço oferecido pelo candidato tucano ao governo, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa. “O mesmo partido que acusa um ex-integrante de infiel pratica a infidelidade. É uma incoerência”, disse.