03/05/2010
Curitiba supera São Paulo em violência
Com a decisão da Secretaria de Segurança Pública (SESP)de divulgar informações obtidas através do sistema de geoprocessamento, as estatísticas relacionadas à violência no Paraná devem apresender números ainda mais assustadores nos próximos meses. O último mapeamento, divulgado no final desta semana pela SESP, revelou que Curitiba, em termos de homicídios, está três vezes mais violenta que a cidade de São Paulo, com uma taxa de 34 homicios a cada 100 mil habitantes.
Os dados oficiais não deixam dúvidas de que Curitiba alcançou os mesmos índices de violência que o Rio de Janeiro. “O crescimento da vioência em Curitiba é muito evidente. Só o governo não queria admitir, por isso se negava a divulgar informações. Agora que as estatísticas foram reveladas pelo novo secretário de Segurança Pública, será possível debater com maior clareza medidas a serem adotadas no combate à criminalidade”, comentou o presidente do Movimento “Paraná Sem Violência”, Mauro Moraes.
Defensor da ampla divulgação dos números relacionados à criminalidade, Moraes ressalta a importância de envolver toda a população na discussão de medidas eficazes na luta contra a violência. “A principal delas é ter a consciência de que cabe ao Estado garantir a segurança do cidadão, dever que não vem sendo cumprido”, disse. Moraes ressalta ainda que, se forem somados ao quadro de violência na capital os números relacionados à Região Metropolitana, a Grande Curitiba certamente passa localidades mundialmente conhecidas pelos altos índices de violência, como a Baixada Fluminense.
“O avanço da criminalidade é preocupante. É preciso uma grande mobilização envolvendo a sociedade civil e governo para reverter o quadro”, defendeu Mauro Moraes. O presidente do Movimento “Paraná Sem Violência” nunca escondeu seu descontentamento com as políticas de segurança pública adotadas pelo governo. Suas críticas ao descaso das autoridades com a escalada da violência lhe renderam até mesmo perseguição dentro da Assembleia Legislativa.