Cerca de 50 mil criminosos julgados e condenados pela justiça estão livres. A falta de estrutura para garantir a execução dos mandados de prisão, bem como a falta de vagas em presídios, facilitam a vida de bandidos, enquanto o cidadão de bem precisa gastar cada vez mais para se sentir seguro.

“Estamos passando por uma grande catátrofe em termos de segurança pública no Paraná. O número de assassinatos aumenta em todo o estado diariamente, atormentando a população”, lamenta o presidente do Movimento Paraná Sem Violência, Mauro Moraes.

Para Moraes, a população não pode cruzar os braços diante do descaso das autoridades e por isso deve exigir a reação imediata do Estado através de movimentos sociais. “Temos que agir com o rigor da lei e enfrentar os grandes traficantes”, diz. O tráfico de drogas, sobretudo a epidemia do crack, responde hoje pela maioria dos crimes cometidos contra vida no Paraná.

O clima de insegurança preocupa moradores de todas as regiões do Paraná. Em pouco mais de seis meses, o ano de 2010 revela uma triste estatística do crime e registra o crescimento da violência em todo o estado. Litoral e interior vivem uma verdadeira onda de terror e atingem números antes só vistos na capital.

As delegacias do litoral e interior registram cada vez mais homicídios, um crescimento de 40% em relação ao ano passado. Apavorada, a população clama por uma reação das autoridades para conter a onda de violência. A ampliação do afetivo da polícia, bem como o investimento em políticas de combate à criminalidade, são discussões urgentes e necessárias para restabelecer a segurança em nosso Estado.