O uso de drogas ou até mesmo a participação em atividades ligadas ao tráfico, tem feito um grande estrago entre a população jovem. A cada três dias uma criança ou adolescente morreu violentamente em Curitiba e região metropolitana no primeiro semestre de 2010. Ao todo, foram 60 vítimas de agressões, tiros ou facadas, segundo levantamento com base nos boletins do Instituto Médico-Legal (IML) – o número representa 6% do total de homicídios no período (979 mortes).

A proximidade de crianças e adolescentes com a criminalidade faz com que estejam vulneráveis a ameaças de morte. O envolvimento com drogas – seja por tráfico ou consumo – é a situação mais preocupante. A desigualdade social também é um fator que torna vulneráveis a infância e a juventude do país, mas o maior problema é o ambiente hostil. “As maiores vitimas da criminalidade poderiam atuar de maneira produtiva na sociedade, estudando e construindo idéias. No entanto, a juventude tem sido a maior prejudicada com a falta de auxilio e socorro imediato. Infelizmente, foi preciso um avanço muito rápido e intenso do consumo de crack, entre outras drogas, para se discutir políticas mais séries de combate ao tráfico”, lamenta o presidente do Movimento Paraná Sem Violência, Mauro Moraes.