02/08/2010
O Paraná possui a maior população de presos provisórios do Brasil
Ao visitar unidades prisionais do Paraná, a OAB elaborou um relatório sobre a situação de presos provisórios e condenados no estado. Faltam vagas em presidios e não há previsão de construção de cadeias ou até mesmo ampliação. O resultado disso é o tratamento desumano conferido aos presos e a impossibilidade de se cumprir novos mandados de prisão. “A única solução viável é a construção de novas unidades. Além de escolas e hospitais, o Estado infelizmente também precisa construir presidios. É lamentável, mas é a realidade. Poderíamos investir mais recursos em outras áreas, mas há uma demanda grande nesse setor”, comenta Moraes.
O governador do estado, Orlando Pessuti, já assinou a ordem de construção da nova instalação da delegacia que vem sendo prometida há bastante tempo. “Há 20 anos denunciamos a situação precária de Paranaguá, os representantes até compraram um terreno, ficamos aguardando a construção, que não saiu até hoje por razões de rivalidade política”, acredita a presidente da subseção da OAB em Paranaguá, Dora Maria Chüller.
O número da população carcerária não é exato e há conflitos de estatísticas por parte do relatório do Mutirão Carcerário que afirma que existem cerca de 29.577 presos no estado contra 37.440 presos registrados no banco de dados do Infopen. 75% dos detentos têm de 18 a 34 anos, 50% trabalhava na construção civil ou prestação de serviços, 6,5% é analfabeto e apenas 0,57% têm o ensino superior completo, o correspondente a 75 presos.