10/03/2011
Maioria dos municípios no PR não tem coordenaria responsável por segurança
A precariedade também passa por Catanduva, cidade que abriga uma penitenciária federal de segurança máxima. Além da ausência de uma secretaria, também não há dentro do Executivo municipal, ou Legislativo, uma comissão permanente ou conselho voltado ao tema. O mesmo ocorre em vários municípios paranaenses que sofrem com a violência. É o caso de São José dos Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba.
Londrina e Ponta Grossa, dois dos maiores colégios eleitorais do Paraná, também não possuem estrutura adequada para cuidar da segurança pública. A mesma situação é enfrentada em Foz do Iguaçu, considerado um dos municípios mais violentos do país devido sua localização geográfica. “Por lá entram quase 80% das drogas e armas distribuídas para todo o país”, comenta o deputado Mauro Moraes, presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa. O parlamentar já anunciou que vai discutir com os demais membros do grupo uma forma de mobilizar os municípios para que criem conselhos ou comissões específicas para tratar do tema. “O governo estadual e a Poder Legislativo não podem cuidar da segurança sem a ajuda dos municípios. É preciso a participação de todos”, frisou.
Consegs
O combate à criminalidade vem perdendo força com a desativação dos conselhos de segurança (Consegs) de vários municípios. Cerca de 30 unidades localizadas em bairros da capital e da Região Metropolitana fecharam as portas. Os Consegs foram criados com o intuito de unir a comunidade e o Poder Público na discussão sobre políticas voltadas à segurança. “É preciso resgatar esse elo e estendê-lo a uma gama maior de municípios”, defende Moraes.