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16/03/2011

Aparelho apreendido na Assembleia ainda não foi identificado pela polícia

Segundo o perito, a falta de funcionários e sucateamento na Polícia Científica vem dificultando os trabalhos.

Lima não definiu um prazo para a entrega do relatório, tampouco adiantou as informações já obtidas pela equipe responsável pela perícia no equipamento que supostamente serviria para escutas telefônicas ilegais. No entanto, o perito acredita que até o final desta semana será possível obter uma resposta mais segura se o aparelho funcionava como central de escuta ou como bloqueador de grampos. “Essa informação é fundamental para a continuidade da CPI, que será pautada pelo laudo que será entregue pela policia científica”, afirmou o relator da comissão, deputado Mauro Moraes (PSDB). O tucano teme um possível descrédito da CPI sem respaldo da polícia científica. “Nosso trabalho será baseado no laudo da perícia, por isso depositamos toda nossa confiança no Instituto de Criminalística. Não podemos continuar a investigar sem o laudo”, explicou.

Os membros da comissão devem ir até a sede do Instituto de Criminalista para conhecer de perto o material apreendido na Casa. Segundo Lima, uma vistoria superficial não serve como indicativo de funcionalidade do aparelho, por isso qualquer informação a respeito do equipamento só será divulgado após a conclusão do laudo. Moraes fez um apelo ao perito para que o relatório seja entregue o quanto antes.

Além do perito, a CPI também ouviu ontem um dos proprietários da Embrasil, Jeferson Nazário. A empresa, que atualmente possui contrato com a Casa para a segurança patrimonial, foi responsável pela varredura nas dependências do Legislativo no inicio de fevereiro. Segundo o empresário, a Embrasil também não tem como avaliar a funcionalidade do material apreendido.

Convocação

Os membros da comissão decidiram convocar o empresário Marcos Aurélio Menestrina, dono da empresa vencedora da licitação para compra de um aparelho bloqueador de grampos. Moraes sugeriu também o envio de um convite ao ex-diretor administrativo da Casa, Eron Aboud, responsável pela assinatura da licitação para a aquisição do sistema anti-grampo, desaparecido desde a data da sua compra. . “Vamos convidar todos que puderem ajudar com os trabalhos. Para quem não comparecer, será requisitada força policial. Vamos elucidar o caso, doa a quem dor”, disse Moraes.