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13/04/2011

Relator da CPI dos Grampos nega possibilidade de arquivamento da investigação

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de apurar a existência de grampos telefônicos na Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes (PSDB), afastou ontem (12) qualquer possibilidade de arquivamento da investigação, conforme sugeriram alguns deputados membros da comissão.
De acordo com o parlamentar, a Casa não pode suspender a investigação em torno do uso feito de aparelhos instalados em salas da Mesa Diretora, que, de acordo com a empresa privada contratada para a segurança patrimonial do Legislativo e responsável pela varredura em que supostos grampos foram encontrados, a Embrasil, serviriam para escuta telefônica. O deputado disse que a CPI não pode dar por encerrado o trabalho sem ao menos conhecer o teor do relatório dos peritos da Polícia Científica. Os técnicos do I.C alegam falta de estrutura para entregar o laudo conclusivo da funcionalidade do material apreendido, cobrado pela comissão ainda durante o mês de março.
Na reunião desta terça-feira, Moraes voltou a cobrar agilidade da polícia e pediu o envio do relatório dentro de uma semana. A entrega da perícia foi adiada pelo menos duas vezes pelos peritos. “Vamos até o final da investigação, ouvindo todas as testemunhas que forem necessárias para elucidar o caso”, afirmou Moraes.
A CPI também ouviu nesta terça-feira o depoimento de um funcionária Silvia Bruel, coordenadora do setor de telefonia da Assembleia legislativa. Segundo a depoente, sua permanência na central telefônica da Casa foi misteriosamente vetada por nomes que a funcionária preferiu não citar. “Causou muita estranheza o depoimento da funcionária que sofreu ameaças. A comissão terá que ouvir os técnicos da empresa contratada para o serviço de telefonia, que também podem ter sido orientados a manter informações em sigilo”, disse Moraes.
Acareação
Segundo o relator da CPI, se o relatório da policia científica apresentar um resultado muito diferente do que foi verificado pela Embrasil, será feita uma acareação entre os técnicos do I.C e os funcionários da empresa privada que alega ter encontrado no forro das salas da Mesa Diretora da Casa equipamentos que poderiam ser utilizados como grampos telefônicos.