O Paraná conseguiu, já nos primeiros meses de 2011, ampliar em 20% os investimentos em segurança pública. A aplicação de recursos na execução de projetos na área será discutida pela comissão de segurança pública na Assembléia Legislativa.
Segundo o presidente da comissão de segurança pública do Legislativo, deputado Mauro Moraes (PSDB), o setor recebeu um aumento considerável dos investimentos em virtude do crescimento desenfreado da violência nos últimos anos. De acordo com o parlamentar, a reação do governo diante do aumento da criminalidade não poderia ser outra. Moraes lembra que, durante a administração anterior, o caminho trilhado na segurança pública era exatamente o oposto. “Existia uma política de cortes e a falta de programas voltados ao combate da criminalidade que provocaram o sucateamento de todo o setor”, comentou o deputado.
Moraes lembrou ainda que desde o governo passado a comissão cobra do Executivo maior empenho na discussão de propostas voltadas ao setor. Ao contrário do que ocorria na gestão passada, “a segurança está na lista de prioridade da administração estadual, infelizmente, para corrigir um erro cometido no passado”, comenta sobre a escassez de verbas enfrentada pela Pasta nos anos anteriores.
“Não podemos perder o foco. Apesar do aumento dos investimentos, a segurança ainda é um setor carente de recursos e, sobretudo, de políticas eficazes. O Legislativo, através da comissão de segurança, vai continuar a cobrar ações efetivas na área”, destacou. Entre as medidas que a comissão vai monitorar está a permanência do policiamento em fronteiras internacionais. “O Paraná é responsável hoje por 80% das armas, munições e drogas que entram no Brasil”, diz.
As ações do governo na área serão discutidas com o chefe da Pasta, Reinaldo de Almeida Cesar, no dia 17. Também estarão presentes na reunião da comissão representantes das policias civil, militar, científica, IML e DETRAN. “A comissão vai cobrar do governo informações sobre a contração de pessoal, ampliação do efetivo policial, compra de viaturas e o cumprimento da emenda 29, criada a partir da aprovação da PEC 64. A lista de informações inclui ainda a construção de presídios e a parceria efetiva entre as secretarias de Segurança Pública e de Justiça. “Para cumprir os mais de 100 mil mandados de prisão expedidos pela Justiça, o Paraná precisa de vagas em penitenciárias. Essa carência tem feito com que muitos bandidos permaneçam nas ruas, certos da impunidade”, comentou Moraes.