Segundo Moraes, todo o material apurado pela comissão, bem como os depoimentos já colhidos desde sua instalação, em março, apontam para a existência de grampos apenas na sala anexa ao Plenário. A perícia feita pela policia científica descartou a possibilidade de que a aparelhagem apreendida em fevereiro fazia parte de uma central de grampos. Apenas um ponto de escuta foi encontrado, mas não é possível afirmar quando o equipamento foi instalado.

“Não há indícios da participação de deputados nas escutas. Ao que tudo indica, todo o processo foi feito por iniciativa de funcionários”, comentou. O ex-diretor administrativo do Legislativo, Francisco Ricardo Neto, assumiu a autoria da compra do equipamento em depoimento aos deputados. A informação deve ser confirmada na próxima semana em uma nova convocação.

Para o parlamentar, o depoimento de Neto deve encerrar os trabalhos da comissão. “Já é possível elaborar um relatório final com base em tudo que obtemos de informação”, afirmou.