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21/09/2011

Política tributária elimina 700 empregos no Paraná

O fechamento da filial do frigorifico JBS-Friboi de Maringá custou ao estado a extinção de 700 vagas de emprego no Paraná. A ausência de uma politica tributária estadual de creditação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vem impedindo a criação de postos de trabalho e geração de renda através da indústria frigorífica.

“É lamentável a notícia de que 700 famílias estão com a renda comprometida com a demissão provocada pelo fechamento da filial do maior frigorífico do mundo”, disse o deputado Mauro Moraes (PSDB). Segundo o parlamentar, o Paraná não pode virar as costas para uma das empresas exportadoras mais importantes do país, sobretudo quando ela tem a intenção de gerar milhares de emprego. “A indústria frigorífica gera um emprego por boi abatido”, explicou o deputado.


A JBS-Friboi foi obrigada a fechar suas postas devido ao peso da carga tributária gerada na compra de bois do Estado do Mato Grosso do Sul e a ausência de creditação do ICMS na venda. Para tentar mudar essa realidade, o deputado Mauro Moraes encaminhou um requerimento à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e Comissão da Indústria e Comércio da Casa solicitando uma reunião entre o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e diretores da empresa. A conversa deverá girar em torno de mudanças no regime tributário para que as despesas geradas pela compra sejam abatidas na venda (regime de crédito e débito).

Para incentivar a indústria frigorífica no Paraná o governo tem duas saídas: incentivar a criação de gado ou reavaliar a politica tributária para o setor. “Do contrário, a indústria frigorífica é inviável”, ressalta Moraes. Atualmente, o Paraná não tem rebanho suficiente para sustentar com produtos os frigoríficos. Para suprir essa falta, as empresas adquirem bois do estado do MS. Para tanto, pagam 12% de ICMS. Para vender, mais uma carga tributária pesa nas contas da indústria. “É um ramo capaz de gerar empregos e serviços em qualquer região do Estado”, comenta Moraes. “O Paraná deixa de abrigar uma empresa que fatura R$50 bi por ano”, completou.